quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Zédocaixão ...

Quase meia noite de ontem, eu, insone, fuçando no instagram vejo um post da Giuliana Vaia (a mãe da Lulu Linda!) com a foto de duas bonecas: uma fantasma e outra voando. A legenda: medo delas! Comentei, ri e lembrei de uma historinha bem zédocaixão que me aconteceu outro dia.
E aí veio a vontade de contar. Não no face, não no insta. Mas aqui.
Entonces, senta, pega a pipoca, cruza os dedos e escuta!


"Noite tranquila. Inacreditavelmente, Alicinha dorme sem me chamar nenhuma vez. Aproveitando a calmaria, me jogo em sono profundo, daqueles que a gente até baba no travesseiro.
No auge do descanso, eis que escuto, vinda sei lá de onde, uma voz metálica de mulher dizendo: "cinco da manhã, hora de acordar."
Penso que é sonho, que é coisa da minha cabeça cansada.
Minutos depois, ela vem de novo: cinco e quinze da manhã, hora de acordar.
Dou um pulo na cama. Caramba. Tem mesmo uma voz falando comigo.
"Marcão, acorda. Tem uma coisa muito esquisita acontecendo, escuta".
Silêncio.
Nada de ninguém falar.
Levo um fumo do marido e tento dormir de novo.
Mas com um olho aberto. Pra ver de onde vinha aquilo.
"Cinco e meia da manhã, hora de acordar".
Ai Jesus!
Olho pro Marcão e ela tá lá, ferrado no sono.
Balanço a cabeça e tento pensar no caso: só pode ser algum brinquedo que tem a função despertador.
Corro pro quarto, abro as caixas e vejo o notebook da Barbie, mas cadê essa função despertador?
Mexo em todas as bonecas. Tem a que chora, a que ri, a que fala 20 frases. Mas nenhum que fala a hora.
Começo a achar que tô enlouquecendo mesmo. Ou que, realmente, tem alguém querendo falar comigo.
Volto pra cama. Coloco o travesseiro na cara e escuto: cinco e quarenta e cinco da manhã, hora de acordar.
Rezo, rezo, rezo.
Penso em todos os filmes de terror. Penso no Toy Story.
Até que pouco antes das seis, volto pro quarto de brinquedo, sento no meio dele, coloco todas as bonecas das meninas ao meu redor e escuto: seis da manhã, hora de acordar.
Mas quem é?
Nenhuma mexeu a boca. Nenhum gesto. Nada.
Começo a falar: gente, eu tô aqui. Se tem alguém querendo falar comigo, manda bala. Tô aqui. Amiga, vim pra ajudar. E.T., casa, telefone.
Espero mais uns dez minutos e nada.
Mas meia hora e nada.
Levanto brava. Bem na noite de alforria da Alice, o raio da boneca, ou sei lá quem, decide me acordar.
Acordo todo mundo, mando pra escola, vou trabalhar.
Meio dia encontro a babá, que é ligada nessas coisas sobrenaturais, conto a história e pergunto se ela lembra de alguma Barbie Despertadora de Mãe.
Ela ri copiosamente.
Possuída? Penso...
Então que ela conta que esqueceu o celular lá em casa e que a função despertador do aparelho é assim: manda a gente levantar as cinco da manhã, as cinco e quinze, cinco e meia, cinco e quarenta e cinco, seis, conversando, assim, com essa voz de mulher metalizada...
Sem palavras.
Só consigo dizer: pô Selma, bota uma musiquinha nesse troço filha..."

FIM.

PS: Saudade imensa de escrever. No caderninho de promessas pra 2014 taí uma coisa que quero fazer de novo. E muito.

PS: já contei uma vez isso aqui no blog, vi agora, de outro jeito...  Mas resolvi deixar essa história de novo, pelo climinha terror do insta de ontem e pela vontade imensa de escrever aqui...



domingo, 7 de julho de 2013

A geladeira azul

Queria lembrar mais da época que tinha 2 ou 3 anos de idade.
De vez em quando, alguns momentos surgem na minha cabeça e eu não sei ao certo se foram reais.
Minha mãe grávida, por exemplo. Eu vejo ela descendo uma escada, de vestido e cabelo longo, com uma mamadeira na mão. Acho que era um hotel, porque era um salão grande, com várias mesas.
Ela não lembra dessa cena. Mas diz que quando estava esperando minha irmã, fomos passar uns dias em Poços de Caldas.
Também me vem a cabeça, vez ou outra, a seguinte cena: eu, de calcinha, sentada num toco de árvore no chão. De repente, sinto uma picada, duas, três, dez. Choro e minha mãe me pega no colo e sai gritando que eu tinha sentado num formigueiro. Essa, dizem, foi real!
Mas o que não não sai da minha cabeça é a imagem da geladeira azul que tinha na casa da minha vó.
Lembro do dia que ela chegou. E do lugar que ela foi colocada, na cozinha de fora da casa, onde antes existia uma vermelha velhinha.
Sob a porta, a marca reluzente: Consul.
Quando cheguei perto admirei a imensidão do eletrodoméstico.
E isso era um problema, já que lá eram guardados todos os doces que ela fazia.
Para lá eram enviados o doce de leite branquinho e cremoso, o doce de abóbora, a goiabada, a bananada e o meu favorito desde sempre: o doce de mamão em calda.
Muitas vezes, lembro de ficar na espreita, esperando alguém abrir a porta da geladeira para atacar e roubar lascas finíssimas e transparentes do mamão cheirando a açúcar e cravo.
Ah...que cheiro era aquele!
Cheiro de casa de vó. De carinho e aconchego. De colo. De sorrisos ao me ver tentar escalar a geladeira azul.
De uma saudade imensa.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

UFC, versão lá em casa!

No dia em que acorda toda animada pra falar de treino, meia maratona e calos nos dedos dos pés, você não consegue pensar em mais nada a não ser no show que a filha menor deu na hora do almoço.
Com vocês, Alicinha, em seu mais novo espetáculo:  Birra de UMA HORA E MEIA!

Choro, grito, pontapés, "sijogadas" no chão.
Iogurte voando na TV.
Puxão de cabelo na mãe.
Tapas no sofá.
Infindáveis "nãoooooos" e "ahhhhhhhs".
Rangido de dentes.
Não quis arroz, nem feijão, nem chocolate, nem leite, nem chupeta.
Não queria o colo, não queria a cama.
A água do banho quentinha, sempre bem-vinda nestas horas, só serviu para aumentar ainda mais o desespero.
Abracei, fiquei brava.
Conversei meiguinha, fui durona.
O pai tentou, a tia tentou, a irmã tentou.
Contorcionismo.
Olhou feio pra cachorra.
Mandou a galinha pintadinha pro canto.
Cansou devagarinho.
Depois quis brincar com massinha.

Nocaute!



Vai ter de novo, filha?




segunda-feira, 22 de abril de 2013

Vai Dani!

Como bem disse a dona Roberta (blogueira musa amada amiga mamatraca, que agora tem coluna no UOL, veja que coisa mais phina!), ao comentar meu último post, a maioria dos blogs "das antigas" vêm passando por essa mesma crise existencial.
Mudança de interesses - está aí um dos fatores que junto com a modernidade do instagram - me fizeram fugir desse espaço.
E já que o blog tem também o meu nome, a partir de agora,  uma nova coluna vai surgir por aqui:
Vai Dani! 
O assunto: cof, cof, cof - já que agora eu sou uma pessoa atleta saudável - mais cof, cof, cof, essa minha nova vida!
Todo mundo batendo palma, por favor!
Alimentação, corrida, suco verde, creme para redução de barriga, panqueca de whey protein.
Tudo isso e muito mais agora neste blog, só pra vocês, meus queridos!
Ah... e sobre os dias que eu desanimo de tomar banho às 23:30 depois de correr, sobre a vontade que eu tenho de comer pizza toda vez que vejo salada de alface com tomate (e o marido come a tal da pizza do meu lado!), sobre a arte de recusar coxinhas cremosas nos aniversários dos amigos das meninas, sobre todos os pensamentos que vêm a tona quando escuto "I feel so close" no último volume no quilômetro 7, sobre como não resistir à feijoada do final de semana ...
Enfim, não esperem foto do abdome sarado - isso vocês encontram de monte seguindo os blogs das saradas da moda!
Não que o meu não seja (ri alto agora!), mas aqui é real life!
Vem comigo?


Família Bolt reunida - pronta para o ataque!


sábado, 13 de abril de 2013

É o fim ?

Na madrugada de terça pra quarta, depois de levantar 3 vezes da cama, não mais consegui dormi.
Eram 4:30 da manhã e questões filosóficas existenciais bloguísticas invadiram meu pensamento.
Óhhhh!!!
Lembrei das noites em que perdi o sono escrevendo posts mentais para esse meu blog.
E pensei no tanto que o tadico estava aqui abandonado.
Seria o fim do "Dani, Marcão, Nina e Alice"?
Confesso que pensei em acabar com a brincadeira. Mas me deu um nó no peito. Eu gosto daqui, gosto de saber que as pessoas vêm aqui. Gosto mais ainda da idéia de que um dia as meninas irão ler o que escrevi.
Então por que eu sumi?
Sinceramente, acho que sucumbi ao mundo moderno, onde imagens e frases curtas parecem mais importantes que um post longo sobre uma viagem bonita.
De uns meses pra cá, postar foto no instagram me pareceu mais interessante do que vir aqui contar que a Alice desfraldou.
Todos aqueles efeitos retrô, todas as hastags, todos aqueles montes de coraçõezinhos.
Todos os 30 comentários.
Não resisti. Fui seduzida.
E teve dia, pasmem, que eu nem lembrei desse blog.
Até que, na calada da noite, despertei com uma vontade imensa de escrever. De voltar.
E foi aí que eu percebi que uma coisa completa a outra.
Uma história ilustrada é bem mais divertida do que só uma imagem com legenda bonitinha e curta.
Não basta mostrar isso aqui:


Tenho que dizer que esta foi uma das viagens mais incríveis que a gente fez e que é impossível não olhar essa foto e não se sentir abençoado.
Ou isso:



Isso e isso:


Sem dizer o quanto essas meninas enchem minha vida de alegria, de noites sem dormir, de frases engraçadas, de choro, de emoção, de cansaço, de amor, muito amor, de vida.
E de mais um monte de coisa! De histórias que precisam ser contadas!
Nem que seja apenas para mim mesma.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Sobre o que eu não sei

Já ensaiei vários textos sobre a questão carreira -x- maternidade.
Em alguns momentos enalteci a carreira, defendi a Claudinha Leite que deixou o filho recém nascido e foi cantar no trio elétrico.
Em outros, não me aguento de saudade das meninas, acho que ando perdendo coisas importantes da vida e quero correr pra casa pra cheirar o cangote delas.
Em ambos os casos, os posts ficaram sem conclusão.
Libriana até o último fio de cabelo eu não me decido sobre isso (morro todo dia pra escolher o sapato que coloco, imaginem!!!).
Acho lindo, maravilhoso ser mãe em tempo integral. Tenho inveja de quem leva essa vida. Porque deve ser bom demais estar ali, toda hora.
Mas também admiro as executivas de terninho, determinadas.
Em meio a essa bagunça da minha cabeça, acabei achando um jeito de me encaixar.
Flexibilizei meus horários. Trabalho e faço coisas só pra mim (ginástica e unha, por exemplo) no horário em que elas estão na escola. Concentrei as atividades extras delas para o final da tarde, perto das 17 horas, quando posso sair do escritório para acompanhá-las.
Muitas vezes levo trabalho pra casa e vou dormir às duas da manhã para acabar um prazo.
Perfeito, né não?
Não!
Tem dia que acho que estou fazendo tudo errado!
Me questiono, choro, decido que vou mudar de vida, escrevo posts inacabados - como este.
Sim, porque acho que esse dilema pra mim é infinito.
Certo é que gosto sim do que faço, mas gosto mais da minha família.
Se fosse pra escolher, não teria dúvidas.
Mas quem disse que que eu tenho que escolher?

(aff, vou parar com essa loucura por aqui e correr lá no Mamatraca pra ver textos melhores sobre o assunto, já que o meu ficou bem malucão! Se eu fosse você, viria comigo!)


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Sobre o tempo...

Constatar que as meninas estão crescendo dói.
Se tem uma coisa nessa vida de mãe que não sei lidar direito, é isso.
Hoje de manhã desabei no choro ao deixar Nina na sala dela.
Tão grande, tão moça, tão independente, tão na escola, tão quase terminando o ensino infantil, tão já sabendo escrever o nome dela e de todo mundo de casa, tão cheia de palavras, de opiniões, tão sem nenhum resquício daquele bebê que nasceu outro dia.
Foi inevitável não me sentir pequenininha diante da imensidão dela.
E o tempo vai continuar passando rápido demais...

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

História de terror

Cinco e vinte da manhã. 
Milagrosamente Alicinha dorme até o momento sem acordar nenhuma vezinha que seja.
Tudo escuro.
De repente o silêncio é interrompido por uma voz que diz:
5:20 - hora de acordar
5:20 - hora de acordar
5:20 - hora de acordar
5:20 - hora de acordar
Que qué isso?
Que porcaria de voz é essa?
Hora de acordar o quê?
Saltei da cama!
Foi sonho?
Fui até o quarto das meninas e elas dormem bonitinhas da silva.
Voltei pro meu quarto meio zonza. Tentei acordar o marido, em vão.
Deve ter sido sonho. Pesadelo. Sei lá.
Ajeitei minha cabeça no travesseiro de plumas delicinha, pensei que eu estava ficando doida mesmo, fechei os olhos e engatei no sono.
Não deu tempo nem de fechar o segundo olho e lá vem a voz metálica aterrorizante de novo:
5:40 - hora de acordar
5:40 - hora de acordar
Em um segundo já tava no quarto de brinquedo procurando a (filadap...) da boneca que tava fazendo aquilo comigo!
Desde quando boneca vem com despertador Brasew? Heim? Heim?
Mas não deu tempo. Logo a voz se calou.
De madrugada, no meio da escuridão do quarto de brinquedo, rodeada por bonecas descabeladas (algumas sem cabeça) foi impossível não lembrar do Chuck, aquele brinquedo assassino. 
Mas não senti medo não. Tava tão nervosa e com tanto sono que eu queria mais era esganar o dono daquela voz!
Fechei a porta do quarto (pra tentar abafar o barulho) e fui pra cama.
Tentei dormir.
Tentei dormir.
Por três vezes tentei dormir.
Às 6:00 da manhã o galo cantava do lado de fora e dentro de casa a voz de novo me lembrava que era hora de acordar...
Imediatamente lembrei do computador da Barbie. Sim! Só podia ser ele! Porque o negócio já tava velho (era da Ciça) e tinha tomado chuva, por certo, tava dando piti.
Abri o brinquedo e procurei, procurei, procurei a função despertador. 
Não tinha a função despertador.
Nem nada parecido.
Voltei pra cama as 6:10 e, adivinhem que apareceu às 6:20? E às 6:40? 
Esse foi o último horário que ouvi o tal do "hora de acordar". 
Depois adormeci.
Sonhei que a Ivete Sangalo era minha amiga e que a gente estava no maio papo. Bem "Best Friend Forever" mesmo.


PS: na hora do almoço contei essa história pra Selma, a babá das meninas. Pedi pra ela me ajudar a encontrar o brinquedo que fez aquilo comigo a noite. Rindo, rindo muito, ela me disse que tinha esquecido o celular dela lá em casa e que tinha vindo dali a voz metálica da "hora de acordar". Bonito!!!!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Qualquer semelhança é mera coincidência

Mãe estaciona o carro na porta do supermercado, perto das 19 horas de ontem. Diz sorridente e empolgada para as filhas que estavam ali apenas para comprar umas frutinhas. Promete rapidez!
Ninguém quer descer do carro. A Filha 1 diz que está com sono, que quer dormir, mas não consegue e buáááááá!!!!
A Filha 2, acompanha a negativa, dizendo "Não quelo! Quelo o "lelógio do sapo"...buááááá!!!!
Puxa daqui, explica dali, pega o relógio do sapo, conta que o coelhinho da páscoa vai estar no mercado.
Infalível!
Todas descem.
Mãe coloca a Filha 2 na cadeirinha do carrinho e pendura a Filha 1 na borda. Respira, faz o nome do pai mentalmente e entra.
Primeira parada: flores. A Filha 2 pega rosas pink. A Mãe pega outro maço de rosas rosas e entrega para a Filha 2, toda empolgada, pensando no lindo vaso que teria em casa. Filha 2 chora, quer rosa pink, feito a irmã. Mãe devolve as rosas rosas. Pega as pinks e entrega para a criança, que, em 1 minuto, arranca todas as pétalas das flores. 
Segunda parada: frutas. Cadê a cereja que estava em promoção? Procura e não acha. Reclama. Espera o funcionário ver se tem mais. Filhas descem do carrinho. A emoção vai começar. Correm entre abacaxis e laranjas. Colocam abacate no carrinho. A Filha 2 se joga na cebola. A filha 1 diz que encontrou limão. Mãe pede para a Filha 1 ajudá-la com a irmã mais nova. Ela pega a mão da irmã e juntas vão ver os peixes. A distância é pouca. Dá pra ficar com um olho na cenoura e outro lá no camarão. As meninas correm e vêm contar que viram um tubarão. Pedem para a Mãe ir vê-lo também. Ela abandona a abobrinha e acompanha as meninas. Sim, há um tubarão desenhado na parede. Deixa as crianças por lá e corre pra ver se as cerejas chegaram.
Frutas no carrinho. Vamos às carnes.
As meninas se divertem entre as prateleiras. Brincam de esconde-esconde. 
Quando passam pelos sucos de caixinha querem beber.
Mãe explica, mas não convence. O personagem do desenho animado estampado na caixinha é mais poderoso (odeio!). Quinze minutos para escolher o sabor. De uva, como sempre. Enfiam o canudinho e tomam t-u-d-o. Elas estavam com sede, se culpa a Mãe (já nem mais lembrando da sacanagem das agências de publicidade!).
Pega frango. Pega peixe.
Pega macarrão. Manteiga.
E, mais uma vez, reclama por não ter encontrado o leite condensado da promoção.
As meninas sentam no meio do corredor e fazem um pic-nic com seus suquinhos (os segundos, óhhhh!!!).
A Filha 1 pega iogurte, aquele mesmo que vale por um bifinho.
A Filha 2 chora e também quer uma bandeja inteira só pra ela. Não, brada rigorosa a Mãe.
Buááááááá, brada rigorosa a Filha 2!!!!
A Mãe cede, em nome do bem estar dos passantes e da pressa para chegar em casa.
De repente elas somem. 
Cadê, cadê?
Com o coração palpitando ela grita, alto e forte, o nome das filhas.
Nada.
Mais alto dessa vez! Feito doida correndo entre as prateleiras.
Filha 1 aparece carregando um tubo de pasta de dente da Barbie e a Filha 2, um da Galinha Pintadinha. Que bonito!
Querem escovar os dentes ali mesmo.
Ah...não, aí já demais.
Bota de volta as duas no carrinho. Faz um sermão daqueles que deixa um silêncio no ar e seguem pro caixa, grazadeus.
Filas. Mais filas. Caixa preferencial? Teria direito a isso? Sem criança de colo?
Prefere aguardar.
Vinte minutos depois, e dois "kinder ovos" depois, e dois "tic-tacs" depois, e dois "gibis da Mônica" depois, e, e, e, chega a sua vez.
Coloca as meninas de volta ao chão. Delimita um espaço e diz: só aqui tá!
As crianças olham de volta para a Mãe e, por certo, pensam: cê tá de brincadeira, né?!
Recomeça a correria.
Encontram um cachorro. Brincam com ele. Brincam de pega-pega. 
Opa, alguém caiu.
Fazem careta de "lelo lelo lelo".
Se apresentam para todas as pessoas: Oi eu sou a Filha 2 e aquela é minha imã, a Filha 1.
Fazem uma barreira na porta de saída do supermercado. Só sai quem falar a senha correta.
Mãe não aguenta e ri, feito as funcionárias dos caixas.
Acomoda tudo na caixinha de papelão.
Seguem para o carro.
Tranca as meninas dentro do veículo antes de guardar as compras, não sem antes encostar na lataria e soltar um "ufa!".
Todas dentro do carro, de volta pra casa.
Mãe liga o rádio e toca uma música animada. Um remix de "Pride" do U2.
Faz um dueto com o Bono e solta um "in the name of love".
Estranha o silêncio vindo do banco de trás. Será que esqueceu alguém?
Olha desesperada para trás.
Não, elas não estavam dormindo.
Tinham aberto a caixa de bombom (que, vai saber como foi parar ali) e estavam se jogando no chocolate, bem na hora do jantar.
E limpando as mãos nas cadeirinhas, nos bancos, no estofado do carro.

Fim.

PS: voltei, gente! Feliz 2013, super atrasado, pro ceis tudo! Besos!




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